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Mostrando postagens de dezembro, 2012

Retrospectiva (mas não)

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Não gosto mais de retrospectiva, dói. Basta dizer que o ano começou realmente mal. Notícias que jamais esperei, aquele sentimento horrível de ser usada e passada para trás. Engraçado que passei de 2011 para 2012 de joelhos na igreja, mas talvez tenha esquecido de pedir coisas específicas a Deus. Aí veio o bombardeio. Hoje ignoro pessoas e sou ignorada, e pior, cabe a mim restaurar relações; mas tem muitas que não quero, não posso e nem devo restaurar. Águas passadas... O vazio incômodo que sempre senti perdurou até meados de Setembro, quando começa a bela primavera. Começou pra mim exato um mês antes de meu aniversário, quando a maior virada da minha vida simplesmente aconteceu. Hoje tenho três meses de namoro e dúvidas e certezas ainda... Comecei a ser monitora de inglês, e fiquei de "recuperação" pela primeira vez na vida. Passei na prova final, ainda que tenha feito-a sem o devido aprofundamento no tema: latim. Hard . No segundo semestre que começou agora em de

Paixão

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Falta-me paixão, sempre foi assim. No meu primeiro e úncio concurso de poesias na minha escola de ensino médio, ganhei o segundo lugar. A premiação, um troféu que hoje está todo despingolado e um relógio de pulso que não tenho mais. No dia seguinte, esperava ansiosamente minhas colegas perguntarem sobre o concurso, esperava ansiosamente por poder falar, mas jamais falaria sem "permissão", um adeixa de alguém. Ninguém perguntou... talvez não tivesse tanta importãncia assim, talvez fosse nada, talvez... e no meios desses meus devaneios, o entusiasmo pela coisa foi esmorecendo, meu coração foi batendo normalmente, me aquietei. Foi assim que uma das colegas, a Kátia, perguntou, espantada por eu não ter falado antes: "ei, e o concurso?" E eu falei que tinha ganhado segundo lugar, sem entusiasmo algum. E ela exclamou como eu não contara antes, e como podia dizer assim, sem nenhum entusiasmo, se fosse ela estaria dando pulos de alegria. E eu estava, mas nunca consegui

Receitas

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Tenho ideias amargas. Acordei depois de uma noite de calor intenso sem vento e cheio de pernilongos e aí meu humor, que normalmente já não é bom, piora bem. Não quero filhos, quero uma criança pronta, já andando e falando, sem eu ter que carregá-la e amamentá-la... quero presentes de natal, livros, agenda, dinheiro sobretudo; quero acertar sempre e ter controle de tudo sempre. Quero viajar mais e ser mais autosuficiente, dependente somente dEle; estar mais perto dEle e não ter memória. Gostaria que fosse possível eu morrer, de fato ou metaforicamente, no último dia deste ano e, dessa forma, nascer no dia primeiro sem memória dessa outra vida que me foi dada até 2012, ano caótico. Me anima os inícios de ano, ao menos naqueles dez segundos da contagem regressiva. Depois é sistema: trabalho, salário, aperto, contas, brigas, amor e vamos que vamos... é um ciclo interminável; sempre acho que algo mágico vai acontecer, mas não existe essa mágica... existe a força de nós mesmos e a minha

Natal

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Olho neste momento para meu sobrinho de quase 3 anos; ele dorme. Vejo um filme na TV, "O dia em que a terra parou" - ETs e fim do mundo e blá-blá-blá (mas nem é tanto blá-blá-blá assim, afinal) - e penso. Família. Natal. Heal the world, Michael Jackson. Lembro de Cristo, procuro tê-lo em mente, porque a gente se perde em presentes e brigas e reconciliações familiares inúteis muitas vezes... porque o Natal é todo dia... ah sim... mas não. Todos os dias pessoas nascem e morrem. Todo dia tem alguém que não come, que não toma banho, que grita de dor física e emocional. Eu só não grito. Todos os dias a gente sofre, sofre muito tentando matar as dores do passado, da fome, nossa fome, dos filhos, do cônjuge. Todos os dias ouvimos músicas e, como em filmes, nos transportamos para um momento que não volta mais, somente na nossa cabeça, e essa é toda maravilha da coisa. Todo dia tem alguém que se apaixona por alguém que se apaixona por outro alguém e não dá a mínima pra sua dor

Tom Literário

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Tudo ainda tem tom literário: estranhamento. Lembro das primeiras aulas de teoria da Literatura I, com J.S.S.. Falávamos desse tom de estranhamento ao nos depararmos com literatura, com o novo, e é assim que estou agora. Quase como um dia será quando eu andar de bicicleta, coisa que não sei. Ando pensando remotamente em tirar carteira, mas devia primeiro andar de bike, não? Não sei... só sei que já aprontei muuuuito antes de namorar, e sempre esperei namorar, não aprontar. E aí, aos 45 do segundo tempo, namoro. Estranhamento, ainda mais quando se está indo pro terceiro mês, uau! Estranhamento ainda agora, quando acabo de ver uma aranha descendo em seu fio invisível.  A música de Taylor Swift se encaixa como luva pra mim, por ele, por tudo o que houve. Begin Again . De alguma forma, comecei de novo, comecei o que sempre quis, mas nada é perfeito, o príncipe é um ser humano como qualquer outro; eu, que seria a princesa, estou beem longe disso também... que bom.  Na música, a

Sobre as vozes

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Assisto The Voice Brasil e penso porque outras artes não tem vez na televisão, sobretudo na rede globo. Não sei... é, de certa forma eu desejo um reconhecimento, estrelato talvez. Não, reconhecimento, e o reconhecimento vem principalmente pela TV e internet nos dias de hoje. Assisti também um pouco do futebol da seleção feminina contra a Dinamarca. Penso no que eu poderia ter sido, ter desenvolvido nas aulas de Educação Física, não fosse o bullying. Tenho extrema dificuldade em olhar pra frente e vez ou outra meu olhar esguio se esvai por cima de meus ombros tão largos e olha... olha pra trás, se arrepende, quer voltar, quer fazer diferente, quer parar em algum ponto. A minha arte não tem vez... teve lá atrás, quando os reis acolhiam os poetas, os músicos, os artistas que lhes louvavam e lhes agradavam de algum modo. Hoje como poeta, sou acolhida pelos meus próprios textos, a rima ou ausência dela, os versos, as estrofes... Sou acolhida pela leitura do leitor desconhecido, os come

Cansaço

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Estou cansada, ao extremo. Só queria dormir um pouco, um muito. Cansada de ensaiar, cansada de ser atriz, professora, namorada, colega, amiga... cansada desses papéis tds, só queria dormir um pouco, um muito. Nenhum desses papéis exerço profissionalmente, exceto o de professora, minha profissão professa. Mas to cansada, cansando cada vez mais a cada dia... da imcompreensão, da falta de senso e sensibilidade alheios e meus tbm. Porque nada me dá a satisfação de que necessito. A cama, só ela pode me salvar nesse preciso e precioso exato momento. E um bom lanche também. Recebo meu salário e tudo se esvai em questão de horas: cntas e mais contas a pagar. Sim, estou voltando ao vomito, reclamando das mesmas coisas, mas sempre são elas que me incomodam... as mesmas, sempre. Claro que não me acho brilhante, muito menos minha vida, o nome deste blog é ironia pura. Mas que tive meus momentos, isso tive. Cliche, mas tive superações, batalhas, vitorias, e quase nenhuma platéia pra chorar ou

Ritos

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"A glória desta segunda casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos". (Ageu 2: 9) A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o SENHOR dos Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o SENHOR dos Exércitos. Ageu 2:9 Participei ontem da Santa Ceia, rito mantido por cristãos em todo mundo até hoje. O testemunho de um pastor me emocionou. O rito todo me emocionou. Não é possível não sentir algo mais nessas ocasiões, o algo mais que é Deus. Muitos vão apenas sentir algo que denominam emoção, mas sei que é Ele, sempre lá, aqui, ali, acolá. Tudo de repente fez sentido, e tudo sempre faz quando Ele se faz presente e nos relembra quem somos: o por que de tudo ter acontecido de tal e tal forma. Mas não precisamos nem devemos nos preocupar, temos ainda um caminho a percorrer, que não está traçado, mas que Ele, inexplicavelmente aos olhos humanos, sabe como e o que vai acontecer

(Im) possibilidades

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Conheço a desventura, só. Quando vem a coisa boa, a ponta do iceberg da felicidade - sim, porque todo mundo quer, mas ela pode fazer um estrago inicial na rotina sistemática de cada um - recua-se. Recuo. recuamos, acostumados que não estamos a receber o bem, as coisas boas, a recompensa. Bom, deixe-me voltar à primeira pessoa mesmo, porque falo por mim. Recuo. Será que é porque não me acostumo à felicidade ou será porque gosto de sofrer? Freud, please ... Sei lá... o passado é a nossa história, mas tem pequeninos detalhes que nunca, never, ever, vamos entender. Eu, pelo menos, nunca entenderei a recusa, o não, o sim à noite e o sai pra lá no dia seguinte. Sim, essas questões nunca saem da minha cabeça, não importa o quão em outra eu esteja. Mas estou seguindo a filosofia da Britney: keep on dancing until the world ends ... 21 de dezembro aí está. Penso no efeito borboleta: o que eu fiz láaaaaaaaaaaaaa atrás que me causou tanto tumulto, sobretudo nos dois útlimos anos? Talve

O amor e outras lições

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A gente nem percebe, acontece. De repente já tinha uma camisa dele aqui, um boné, a mochila emprestada, o guarda-chuva igualmente emprestado em dia chuvoso, objeto quebrado... até uma cueca e escova de dentes, a minha azul, a dele branca e rosa. É, às vezes é tudo trocado que faz feliz. O simples, o dia-a-dia, a rotina, os desentendimentos e o medo de perder. O almoço compartilhado, a sobremesa, o pão de queijo de manhã e à notinha, os mimos e bobeiras de cada um, e dos dois juntos. O beijinho, o beijo, o beijão. O que faz a ligação em tudo isso sempre está, sempre é, e vai se moldando amor.  Na verdade nem tudo está trocado, vivo o que sempre esteve em mim, talvez não muito do jeito que sonhei, com dificuldades e ... bem, o que não é difícil nessa vida? Na verdade, me pego sorrindo e sentindo uma felicidade quase que tangível, palpável e, como não acostumada a isso estou, me pego depois pensando num não-futuro, num será, num sei-lá-mais-o-quê.É tudo ainda novo, a

Nurse

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My name is Catherine, everybody calls me Kate, a nickname. I wouldn't like that but it's a way to forget who I am. I was born red-haired and my mother just loved it, but not my father. First of all, he wanted a boy. I impaired my mother to ever give birth again. She died so early, leaving me in my father's hands. I'd do everything to please him and I'd try the Army, but he laughed at me. So, I started to study to be a nurse because he started to be ill, especially after that great break in USA. That was just terrible, we lost the little left. My father bet everything in the banks, but then they had that break. Now, we have a name, only. I was dying to graduate to take care of my father and make him proud of me, but he refused me as his nurse. Of course I take care of him now, but struggling all the time. I just started to hate my job and they put me on the admissions desk, I don't care, life is just like that. I met this intern, we started something, but he