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Mostrando postagens de fevereiro, 2013

Past Perfect

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Esse mundo dá raiva, dá medo, revolta. esse mundo chamado Brasil. Por essas e outras - sinalizadores no estádio, mortes, Santa Maria - que a gente se aliena; se pega em deus, e assim deve ser; se apega ao time de futebol, a uma causa, ao feminismo, ao social, ao acadêmico, aos esportes, aos livros. Todas essas são atividades boas e saudáveis, mas muitas vezes parece que nos escondemos detrás de algumas coisas; desenvolvemos patologias, medos; recuamos e morremos, ou lutamos e também morremos. Morrer é o detsino, sempre, qualquer que seja o caminho. E a vida se justifica por alguns momentos felizes e pela vontade dEle, ponto. porque lutar contra isso não tem como, mas lutar contra um atendimento de bosta no SUS, contra impunidade, preconceito, etc, podemos e devemos. E a luta não acaba nunca, senhor, nos cansamos, mas estamos criando brecedentes, bases para as outras gerações, se é que esse mundo ainda vai durar muito. Não sei, tenho sentimentos dúbios. Estou mais calma e mais

Formigas desnorteadas

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Tenho chorado esses dias, mas não por mim, agora são dores alheias que me atingem por ser mulher. Hoje li sobre o caso de uma banda da qual eu nunca tinha ouvido falar, New Hit, cujos nove integrantes estupraram duas adolescentes que se aproximaram pra tirar fotos e pedir autógrafos. Aí entram aquelas perguntinhas básicas machistas, elas entrarm no ônibus porque quiseram né? e coisas do tipo, como pode acontecer em outros casos: ah, mas ela tava vestida assim e assado, ah ams ela foi na casa dele e blábláblá... Lembrei de fatos que já me aconteceram e chorei. É, na verdade minhas lágrimas vieram por mim e pelas meninas. O julgmaneto dos caras da banda foi adiado e enquanto isso, eles continuam com shows pelo nordeste. Muitas mulheres da Bahia - o caso é de lá - se juntaram e fizeram um protesto nos dois dias de audiência do caso. Foram desrespeitadas algumas vezes, mas ganharam força, apoio. Fico doída com tudo isso, já passei situações de abuso semelhantes, acho que muitas de nós

A vida dói - para F

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A vida dói Um amor que não foi Uma palavra atravessada Um sim que deveria ter sido não O não que podia ter sido sim O arco-íris que nasce no chão Na poça de gasolina Na água da chuva Uma flor que nasce, outra que cai Ah, sim, A vida dói Ossos aparecendo, Gorduras aqui e ali Altura pouca, altura muita Desengonçamento, desencorajamento Bullying e...ah, sim, a vida dói negro, moreno, mestiço, ruivo, pardo, louro, castanho, escuro, claro a crueldade do olhar a bondade de uma mão que se estende o sangue doado, o socorro prestado e ainda assim, ah, a vida dói. Acordar, trabalhar, fingir, sorrir, chorar Comer, dormir, pensar, existir Ah, o peso da existência Porque é tudo tão pesado Que a vida dói Eu disse não, mas aconteceu Eu disse sim, mas mudei pro não, aconteceu Eu nunca... Eu sempre... Eu isso, eu aquilo E não nos descentralizamos porque tememos Pular sem saber se o pára-quedas vai abrir mesmo A

Libertinagem-Liberdade??

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Acho que o mundo está muito libertino. Bom, meu discurso vai soar conservador, e assim o é, tradicionalista, patriarcal, machista homofóbico... mas se nós, conservadores, somos tachados de intolerantes, as chamadas minorias não estão lançando mão dessa mesma ferramenta para reclamar seus direitos? Se eles querem igualdade, leis e etc, porque eu não posso discordar? Discordar agora é sinônimo de intolerância, ignorância, burrice? Na verdade eu não gosto de lutas... não costumo lutar por nada e não gosto do adjetivo trabalhadora, guerreira, lutadora. Eu só estou vivendo e muito desse suposto conformismo porque creio que a vida não é só essa, essa aqui, por amis concreta, real e palpável que seja é passageira. Sim eu gostaria que todos pudessem crer nisso e viver desse modo, assim como os gays gostariam que todos os respeitassem - ou até que todos fossem gays - mas o mundo não é assim. Eu não critico a luta das minorias;o que critico aqui são as alfinetadas e o tom raivoso que tem. S

Stay

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É assim, do jeitinho da cara que a Rihanna brilhantemente fez nesse clip. Nossa, perfeita, Rihanna! É essa cara que fiz tantas vezes... você se perde em dor, fica desnorteado, sem saber se ri, se chora, tenta controlar, fica meio aéreo, abobado, o olhar perdido... dói e nem se sabe onde, dói tudo e nada, o corpo fica puro torpor, estranho, leve, formigante, dormente... a dor de um amor que não vai, que não foi, que não deu por mil razões que a própria razão desconhece. E fico aliviada por não mais sentí-la. Dói muito, às vezes por pouco tempo, mas parece uma eternidade porque nada mais no mundo parece importar... Lembro da dor e me dói de novo. A música é linda, o clip lindíssima, o nu de Rihanna é tão bonito, singelo, nudez de estar completamente mergulhado naquela relação e de repente... não mais. Rihanna perfeita em seu olhar longínquo e desolado. perfeito pra quem não está nessa dor apreciar. E pra quem está nessa dor, mergulhe fundo nela, sofra, é preciso. A superação vem logo

Tempo?

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  Et mois j'ai pris ma tête dans ma main Et j'ai pleuré (Jacques Prevért) E eu coloquei  minha cabeça entre as mãos e chorei (tradução livre) Fico pensando se há tempo. Se há tempo pra que eu mude totalmente os rumos e o tema do meu projeto de mestrado; se há tempo para um café com leite com a pessoa amada, mesmo sem palavras, mas com o olhar, porque olhar ao menos diz que você percebe o outro; se há tempo para que pequenos gestos sejam consertados, pequenas coisas perdoadas, mesmo que não haja a vontade de perdão de ambas as partes; se há tempo para que meu sobrinho cresça, fale e prove à mãe desequilibrada que ele não é altista, é apenas tímido; se há tempo para que meu outro sobrinho, que realmente é altista, se desenvolva, fale, e mostre que também é normal; se há tempo para que eu mude e seja mais acessível; que meu humor mude e seja mais estável; se há tempo para que eu consiga regastar relações e engatar novas; se há tempo e vontade para o cultivo das atua

Das coisas que não fazem sentido

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Tem muita coisa em relacionamentos, na visão de homem e mulher, que não faz muito sentido. depois de ver este vídeo, talvez não faça sentido eu ler os "50 tons de cinza", cujo nome deriva do personagem machista principal, Christian Grey. O livro traz um tipo de relacionamento totalmente doentio entre uma mulher completamente insegura e um cara dominador, cujas atitudes são entendidas por ela como cuidado e amor. Não, eu não li, mas me senti tentada a ler. Eu me via assim, nessa condição de fragilidade há algum tempo, mas ando lendo blogs feministas e vídeos de todo tipo. Informação nunca é demais e na verdade é extremamente necessária nos dias de hoje. Este post do blog Escreva Lola Escreva foi especialmente inspirador para repensar certos fatos da vida e as atribuições dos papéis femininos e masculinos em nossa sociedade. A cultura do estupro, nome que particularmente achei forte, talvez exagerado, mas exatamente por eu estar sob ela, dita a regra de que o macho deve ir

O que é ter um blog e como manter amigos e relacionamento :)

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Essa noite fiquei pesquisando coisas sobre como obter popularidade com um blog, o que fazer, etc. Algumas tentativas não deram muito certo, mesmo porque o perfil do meu blog não é de utilidade pública e prática. GustavoFreitas dá umas dicas bem legais aqui sobre isso. Estou lendo e, como tenho pensado em levar esse blog pra um nível mais sério, vou continuar lendo e tentando fazer as modificações necessárias. Mas não abro mão da minha liberdade de expressão, de falar sobre mim, de vez em quando indicar um filem ou música, enfim, tudo na tranquilidade de um texto livre sem compromisso prático, por que não? Se isso não casar com a popularidade, então continuemos assim, na invisiosfera :). Creio que com a página reflexões de teacher , eu ganhe um pouco mais de visibilidade, isso se consguir utilizar todas as ferramentas. Ah, coloquei já uma iamgem da campanha pela união de blogs. Para aderir ao movimento, basta seguir estas instruções. Com isso, já estou seguindo as instruções tam

Balada do amor

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Com amor não se brinca, ele não é bobo; percebe logo se está sendo só usado, mero tapa-buraco de outrem, de outro amor. E quando bobo assim não se mostra pra mim, tenho a certeza da escolha certa. Às vezes a decisão amorosa nossa de cada da é puramente racional, com preenchimentos emocionais: leva o troféu quem te faz rir, tem paciência pra te aturar de TPM, humor instável e até coração longe, já flechado por alguém que foi lá e arrancou a flecha, sem dó nem piedade. A marca fica, pra sempre, que nem aquela da primeira injeção no braço, que todo mundo tem. Não temos a lembrança sequer, mas fica a marca eternamente.  A decisão de deixar coisas pra trás já tomei, mas tem hora que a gente tem que ser mais claro, falar isso com todas as letras, demonstrar no dia a dia. E quando o amor cobra, você se depara com uma pessoa que é você mas não do jeito que você se vê. E como o outro te vê é incontrolável, você não tem poder sobre essa pessoa que é o reflexo de sua imagem; algo que voc

Crise

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 ...The day that the music died Don McLean - American Pie   As derrotas tem um estranho sabor adjetivado com propriedade pelo inglês: bittersweet . Nenhuma palavra traduziria melhor o que estou sentindo, ou como estou me sentindo.  Vejamos... sempre penso pelo lado ruim das coisas, que não vai dar certo, que isso, que aquilo, olhos pequenos sempre desconfiados. Mas ainda assim, algumas vezes, tento; entro na luta, vou em frente. Fui em frente nessa questão de mestrado, que pra mim é altamente delicada. Relaciona-se à ideia de pesquisar ou dar pitaco sobre escola pública e nunca ter dado aulas lá, ou falar que se aprende sim inglês no Brasil e não é necessário ir pra fora, mas viver viajando para os EUA... posturas incoerentes a meu ver, e temo me tornar uma pessoa assim, porque nunca dei aulas na escola pública, apesar de que sempre fui aluna dela, mas gostaria de trabalhar/pesquisar esse grupo, não especificamente de escola pública, mas pessoas da classe dita C: suas dificu

Aceitar tudo - Di melo

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Acordei preocupada, amarga, com vontade de poesia, mas coisa nova, sem cair no clichê do vou embora pra Pasárgada, porque lá sou amigo do rei e blá-blá-blá... Já postei esse vídeo antes, mas creio que fala bem de mim, de como estou. A gente tem que aceitar tudo... Ter a possibilidade de ir embora é realmente bom, apesar das derrotas. Ora vamos, pois. Ah eu pensei que é indo, caminhando, mas não fui para um sonho diferente que se reaiza e reproduz e pensando fui seguindo num caminho estreito cheio de tombo... Bye.

Joga pedra na Geni

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Fiz a prova, cansei-me. Caminhava de volta Pà casa quando em bosta de cachorro derrapei e na minha blusa um pombo fez seu depósito aéreo. Sinais bons para o mestrado? Há de ser... Lembrei que ontem assisti o programa De Frente com Gabi, pela internet, porque o canal misteriosamente saiu fora do ar, não sei se foi só na minha televisão. Aí claro que teve comentários a respeito hoje no face. Não sei, não sei. Só sei que creio em tudo que o Pastor Silas Malafaia disse. Agora se ele usufrui indevidamente dos ganhos da Igreja, isso é um problema dele, ele vai ter que prestar contas ao Altíssimo. Continuo fazendo a minha parte dizimal e a não ceder aos desejos, o que parece loucura, já que a filosofia atual é seguir sempre os desejos, o importante é ser feliz não importa como. Tem gente que é feliz matando... Fiquemos com os vídeos, antes de opiniões de ui, eles só querem seus direitos, ui, eles exigem o dízimo... as pessoas realmente não se entendem e não O entendem.  Tod

Ars

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Sinto que amo sem vírgula nem aposto aposto no futuro do pretérito, subjuntivo tão subjetivo é esse amor Rebeca Melo, eu :) Somos completamente antisociais. Ficamos perdidinhos, não sabemos se um, dois ou três beijos, se abraça, se só aperta a mão. Etiqueta, nos interessamos, mas só como arte a estudar, não como prática a exercitar. Moda, conceitos, decoração, poesia, literatura, pinturas, desenhos, quadros, entendemos de tudo um pouco. Altamente sensíveis, sabemos ouvir muito mais do que falar, porque nos falta a habilidade de boa comunicação oral, apesar da nossa ânsia por essa comunicação, que acaba saindo em forma de arte, das mais variadas, desde grafite ao ballet . Nossa arte é nossa fala.  Mas tem as crises: de identidade, de nervoso, estresse, esquizofrenia, bipolaridade, distimia, depressão, tão comum a nós. Alguns tem pouco ou nenhum controle sobre isso. Se matam. Cortam a própria orelha. Tomam veneno. Apunhalam o próprio peito. Ou até mesmo continuam (s

Das coisas que sei - ou um pouco da minha Saga, part I

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Eu que tinha tudo, hoje estou mudo, estou mudado, à meia noite, à meia luz, pensando, daria tudo por um modo de esquecer...   Tem hora que dá um nó, uma saudade de coisa que só nos fez mal, tipo no meu caso cair na gandaia, sair. Não posso. Tenho a doença da falta de domínio próprio: minha vontade está à mercê do outro, o que disserem, assim será.  Na minha primeira década de vida meu mundo e tudo o mais foi regulado por meus pais e a Igreja (evangélica). Eu estava bem, estabilizada, descobrindo o mundo em que vivia e absorvendo-o. Fui a criança bicho do mato. Fiz xixi na calça na escola por vergonha de pedir à professora para ir ao banheiro, já que ela negava tal pedido aos meninos bagunceiros, fato que eu não captei na época. Fugia das aulas de educação física por pura falta de interesse nelas e posteriormente por vergonha de minhas pernas foliculosas e finas. Meus irmãos eram os meus amigos. Tudo estava bem porque meus pais é que eram os adultos que cuidavam de tudo, er