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Mostrando postagens de agosto, 2013

Mix e Medos

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Não sentia saudades, era fria. Com a filha ainda no ventre, imaginava-a já longe de si, na faculdade, curtindo as porralouquices da vida. u mesmo querendo entrar para um convento. Sendo (in)feliz no amor? Não sabia, mas imaginava já muitas coisas para a pequena. Com tantas perdas - maior parte emocionais - não podia afirmar que não tinha nada, tampouco que tinha tudo. era melhor se conformar com muita coisa. O dia a dia mata às vezes e se renova. É preciso ser máquina. Olhava para o marido e via-o tão assim romântico. Era fria, sempre fora. Sabia que tal frieza vinha do pai. Genética. Tinha medo e orgulho ao pensar na filha assim também, fria e altiva. Ah, não. Sofrer como ela já sofrera é pra poucos. Nunca fora fã de ninguém. Na adolescência tentara ser fã do Westlife, do *NSync, dos BSB, foi um pouco do Hanson, de quem gostava ainda até hoje. Mas quando chamava um ou outro de marido como o faziam as meninas bobinhas e fúteis, sentia-se ridícula. Parou de se entupir de revistas

Alea jacta est - ou sobre machismo e humanos

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Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo conheça que tu és o Senhor Deus, e que tu fizeste voltar o seu coração. I Reis 18:37 O tema do Encontro com Fátima era quem deve pagar conta, homem ou mulher. Aí a maioria das mulheres ditas independentes e modernas acha que o homem DEVE pagar a conta num primeiro encontro. Regina Casé levantou uma questão interessante, apesar de ter respondido também que o homem DEVE pagar: e se o encontro for entre duas mulheres ou dois homens? Nesse caso, DEVE pagar quem convidou, não importa se homem ou mulher.  Namorido aqui em casa está desempregado, eu pago tudo. Isso tem pesado, mas eu entendo a situação, vamos levando. Está difícil ainda mais por causa da bebê. Ainda bem que namorido não é muito de sair, apesar de ser muito de comer #maldade :p A discussão no Encontro tomou um ar divertido, leve, mas acho estranho. Quem paga é quem tem o dinheiro, e na nossa sociedade ainda tradicional, mesmo que no pensamento, é o homem que t

Ao Deus desconhecido

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Porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais, não o conhecendo, é o que eu vos anuncio.  Atos 17:23 Deus nos dá tudo. Hoje eu refletia durante o culto sobre como e por quê é tão difícil estar perto dEle, servir a Ele do jeito como manda o figurino, digamos. um dos motivos é a separação Estado-Igreja, não que isso seja ruim, mas vejo com um pouco de negatividade pelo lado exatamente do senhorio de Deus. Ele parece estar novamente se tornando um Deus desconhecido, como Paulo declarou. Temos dificuldade de admitir algo ou alguém além do que conhecemos tendo total autoridade sobre nós; alguém que disponha totalmente de nossas vidas, que nos tem nas mãos. Ma eis o segredo, Ele bate à porta, Ele pede pra entrar. Ele não age sem que queiramos, sem que deixemos, taí o por quê de esse mundo parecer estar entregue ao caos: não está; ao mesmo tempo, Ele cuida de nós. Deus tem caminhos que n

Nós

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(Domingo, 18/08) Hoje teve lasanha e sorvete por aqui. Ganhei uns três quilos de uma vez só no mês passado, o que, segundo a nutricionista, não é muito bom. Aí eu venho tentando maneirar e o namorido come, come e come e eu acabo indo na onda dele. A bebê vai bem e já responde se falo com ela e mexo na barriga. repito seu nome às vezes, pra ver se soa bem. Até pensei em dar meu próprio nome a ela, como o fazem tantos pais aos filhos; sendo mãe, à minha filha, porque não? Mas pensei bem e ...não, melhor não. Lídia: do grego, irmã, amiga, companheira, mulher nascida na Lídia , antiga região da Ásia Menor. Cristina: do grego, a ungida. Em casa somente eu não tenho nome composto, até o namorido tem, Bruno Henrique. Estou com o pedido do teste de glicose em mãos, dizem que é terrível, altamente enjoativo, mas necessário para detectar uma possível diabetes. Ontem recebi a visita de uma tia-prima da minha Lídia e ganhei mais um par de sapatinhos de crochê, um rosa. Já tenho um verde e um v

She's all

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(Quarta, 14 de agosto) Parto. Barriga. Fome. Chutes. Cansaço. Variação de humor. Amor. Beijo. Tosse excessiva. Noites (já) mal dormidas. Ultrassom, exames. Menina. Girl. muita coisa acontecendo, mudando. E eu sempre lendo histórias de partos e de direitos humanos que me impressionam. Não sei, as pessoas são estranhas. E diante de tantas histórias que nos incomodam de uma certa maneira, a tendência é mesmo se afastar e preocupar-se somente com o próprio umbigo. Mas em relação a filhos, não podemos deixar pra lá, fechar os olhos pra nada. vai ter hora em que ficarão sós com outras crianças, com outros adultos, com parentes, com irmãos. A maldade humana é tanta que precisamos ser "maldosos" também, olho aberto. problema que ás vezes a gente cria o filho numa bolha. Ai, a maternidade... difícil. Minha gravidez está até tranquila, fora essa neuras que a gente cria mesmo. A bisavó dela está aqui esses dias e deu um presentinho pra ela, um macacão rosa com a tiarinha também rosa. G

Pais

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meu pai, Mister Osvaldo, que significa poder de Deus :) Já os conhecemos quando têm uma certa idade. O meu tinha 24 quando eu vim ao mundo. E aos 29, quando eu tinha 5, ele me escreveu um texto lindo que já publiquei aqui. Meu pai foi pai cedo, eu fui a primeira filha, a primeira experiência dele. Meu gosto pelas letras vem dele, que se daria muito bem na mesma área, se tivesse mais tempo ou cabeça, como diz minha mãe.  Hoje meu namorido é pai também, de uma futura menina. Ele é filho único do coração de seu pai. nesse dia, penso  em muitos pais, no seu Osvaldo, meu pai, seu Domingos, o sogro, seu Raimundo que foi meu "senhor barriga" por um tempo, amigo, visita constante. Penso também no Edmilson, meu cunhado, e no Isaque, meu irmão mais novo, todos pais. Penso no seu Temístocles, pai do meu cunhado, e no seu Adelino, pai-bio da minha irmã. Penso nos pais ausentes e nos de coração; apesar de o papel de mãe ser tido em mais alta conta, o do pai não é mero coadjuv

La niña!

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É ela! É ela! É ela! É ela Álvares de Azevedo É ela! é ela! — murmurei tremendo, e o eco ao longe murmurou — é ela! Eu a vi... minha fada aérea e pura — Porque para bom entendedor, meia palavra basta!! Felizzzzzzzzzzzz.... Boa noite! :)

La niña ou el niño?

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Tão precisando de amor, tão precisando resolver, tão precisando de carinho... (Cidade Negra - Na moral) Duas coisas que me preocupam e importunam: assistir cenas de sexo e de partos. São coisas totalmente íntimas, ainda que comuns. Não gosto de exposição. Hoje mesmo no Encontro, com a Fátima Bernardes, falava-se sobre parto humanizado e mostraram um de uma moça. Putz, achei legal a ideia, mas só de imaginar eu lá toda exposta e um monte de gente assistindo, me dá agonia. E o pai da criança filmando tudo, FILMANDO!! Gente, é bonitinho ver o recém-nascido, mas o parto??? É no mínimo nojento. Já avisei que se o namorido aparecer com câmera na mão, eu juro que dou uma voadora.  Tenho tido medo também. Quero o parto normal, mas às vezes parece que é um sofrimento tão grande que dá vontade de já marcar uma cesárea. E que o médico não me invente de fazer cesárea só porque recebe incentivo financeiro do governo para tal, o que é um absurdo. Só aceito se for realmente necessário.

My Sacrifice

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How quickly life can turn around in an instant... Fiz sacrifícios nos últimos 11 meses. Decidi para de sair e voltar de vez pra igreja. Comecei a namorar. Parei de beber. Não bebo, não fumo, não saio pra balada. Não telefono nem mantenho mais muito contato por não saber ou por ter a certeza (falsa?) de que minha presença tornou-se descartável. Não ligo, não ligo, não elogio, não convido, não chamo, não cumprimento. Tenho muita segurança agora. Terminei por um dia com meu husboy e chorando pedi pra voltar. Voltamos. Engravidei. Sem saber, fui tratar do meu estômago. Tive enjoos e ainda achava que era por causa da endoscopia que havia feito pois, apesar do atraso menstrual, minha barriga inchava e murchava por problemas intestinais. Bom, engravidei, mudei de casa, vim morar com ele, temos casa agora. Trabalho, ele ainda não. Sinto falta de coisas que, antes de 2006 nunca tive e por isso a minha conformação está bem rápida. Sou como qualquer espécie de réptil ou animal que se ada

Incinta

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Não sou do tipo desapegada, nem agora que sou/estou mãe: ainda tenho meus sentimentos e sonhos individuais, independentes do bebê, que agora estão guardados, adiados, não esquecidos. Doídos, ainda mais o de ir ao exterior. tem um amigo que vai pela segunda vez. Não sei, para algumas pessoas, parece tao fácil. Eu tenho os meus contras pra ir: idade, grana e agora, my baby. Estou vivendo tomando conta da alimentação e de tudo mais por ele/a, mas não penso em deixar tudo pra lá pra que ele/a realize os próprios sonhos. Ele/a vai realizá-los, estarei aqui sempre, mas não gosto da ideia de me anular, como minha mãe o fez. Ela queria ser missionária e professora e, por mais que eu, sua filha, seja agora professora, não é a mesma coisa. Ela se emocionou na minha formatura, ficou feliz comigo. Não sei se ela ficou assim, mas eu ficaria pensando que poderia ser eu. Não gosto da ideia de anulação em prol do outro porque já fiz muito isso e, ainda que não declaremos abertamente, esperamos al