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Mostrando postagens de outubro, 2013

Lira dos trinta anos

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Estou sem meu notebook e agora sem celular, que resolveu simplesmente não mais ligar. Tenho dois números, ai a vida complica. Já estou meio além-mundo faz tempo, desde o início do ano quando descobri a gravidez. Estava vivendo minha vidinha normal até setembro, quando entrei de férias, ai passei a sair somente pra o médico ou pra igreja. Talvez demore pra eu escrever e publicar esse texto usando meu netbook quebra-galhos, misturando teclado normal e virtual. Mas aproveitando os finais - de mês, de gravidez, de ano - tenho coisas a serem ditas, conclusões sobretudo sobre meu estado. A gente fica mais sensível e mais olho aberto. A vontade de armar barraco nas redes sociais é grande, mas como esse espaço é totalmente meu, usá-lo-ei. Não aconteceu nada de grave, são só as coisinhas que vão se juntando aqui e ali. O tom desse texto não é novo, tem aquele velho sabor de decepção com conhecidos e surpresa com pessoas das quais não esperávamos muito; a velha lição que a humanidade nunca

Velha Infância

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rito de passagem :) Hoje acordei com 30 anos e... nada, não me sinto nada diferente, mas me peguei pensando no que eu tenho até agora, no que vou ter, em idade, etc. Lembrei de um episódio em que eu estava no camarim - fui ou sou atriz, nem sei - e ai eu perguntava a idade de uma colega ali perto, depois mais gente entrava e não acreditavam na nossa idade "tão avançada". A minha colega dizia ter 32 e eu ainda tava no 29, acho. "Não creio! nem parece!" e brincávamos que dormíamos no formol. Mas hoje fiquei pensando que a faixa que compreende os 27 a 32, 34 anos mais ou menos não é uma idade tão avançada assim, tipo por que se assustam se a gente tem 30, 40? Sei lá, parece que ninguém quer sair da terra do nunca e que passar dos 25 é demais. Como eu disse, não sinto nada de diferente. Só receio que a sociedade vai me cobrar mais, mais postura "adulta" já que vou ser mãe, mais maturidade (seja lá o que isso signifique), me vestir diferente, nada de est

Expectativas

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Todo ano, seja em outubro ou dezembro, natal, guardo ainda aquela expectativa infantil: a do bolo, do presente, da festa, das pessoas sorrindo, felizes porque eu estou lá, feliz também, por mais um ano, por mais um natal... Guardo ainda a vontade de bolo infantil, brigadeiro, presentes bem embalados, brincadeiras, parabéns, happy birthday, q=com quem será, etc. Vontade reprimida, claro, pois todos quando crescemos somos impelidos a internalizar a criança que ficou pra trás, com traumas e tudo. Ser adulto é receber essa mensagem de si mesmo e dos outros: se vire, supere, continue bem ou mal. Mas a criança anda batendo à minha porta avora, ainda mais porque vou ser mãe: estou fragilizada e lembro da minha infância. Da barbie usada que ganhei já tardiamente, e outros brinquedos usados, uns poucos novos, a expectativa de presentes que nunca vieram, promessa feitas e nunca cumpridas pelos adultos. É bom lembrar disso pra que eu não cometa o mesmo erro. Por mais que cresçamos e superemos

Poder felino

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filhote da Calabresa :) Sábado minha gata foi atropelada. Não vi, mas ouvi um miado alto na rua e pensei nela na mesma hora. Olhei pela janela e lá estava a minha Calabresa, esperneando e correndo manca pra um canto. Desatei a chorar enquanto meu namorido foi buscá-la. Ele pediu ajuda pra ela, tadinha, que estava em choque, mas eu estava mais abalada ainda, pensando em sua morte iminente, nem cheguei muito perto. Ela respirava com dificuldade mas, como todo bom felino, estava de pé normalmente no dia seguinte.  Calabresa já "perdeu" três vidas nesse jogo: a primeira foi quando ela desapareceu por uma semana. Achei que não mais voltaria, mas voltou, com uma das patas inchadas, andando com dificuldade. Nunca me contou o que houve, mas tudo bem. Depois, ainda novinha e reconhecendo o terreno da casa onde eu morava, acabou caindo da minha varanda, segundo andar. Tomei um susto, desci correndo pra buscá-la e a encontrei quietinha agachada no chão. Tentei colocá-la de pé,

Vida 2

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Ando preocupada comigo e com ela, com o que vai acontecer conosco. Sou do tipo que sempre pensa no pior, então... e ainda fico ouvindo tantas histórias... Sei que com cada uma é diferente, mas sempre pinta aquela angústia. Família (minha) longe, minha mãe vem aí, mas não sei, fica aquele suspense no ar, não sei... Amanhã é aniversário aqui de Viçosa, feriado na cidade, portanto. Como estou de férias, nem faz muita diferença mesmo. Mas em dez dias minhas férias acabam, aí entro de licença logo em seguida, se tudo der certo. Lídia mexe muito, e à noite então... dá pra ver as ondas na minha bariga, tem hora que está mais pra um lado, sobretudo o direito, ela adora o lado direito não sei por que. Outubro vem aí e o chá dela será dia 19. Hoje tivemos um pequeno chá lá na igreja, muita gente esqueceu, enfim, mas ganhei algumas fraldas. O segundo, dia 19, será na véspera do meu aniversário, mas vamos ver se alguém lembra disso... eu tava sonhando com essa data, planejando coisas, tal